Comentário

Todos nós dizemos a mesma coisa, quando conversamos (ou, na maioria das situações, reclamamos) sobre a nossa cidade ou o nosso país. Não tem mais jeito, é assim mesmo, nunca vai mudar... Em outros países, o povo se mobiliza, vai às ruas, protesta, exige os seus direitos. Aqui, nós nos limitamos a reclamar em pequenos círculos de amigos, à hora do almoço, na fila do banco, diante da TV. Por isso, nasce este blog, sem nenhuma pretensão, exceto a de ser um espaço para reflexão. Porque o Brasil não é assim mesmo. Porque pode deixar de ser assim. Difícil? Sim. Mas quem sabe você que me lê e eu não conseguimos começar a mudança?

sábado, 23 de outubro de 2010

Uma bolinha de papel

Lamentável a manifestação do presidente com relação ao tumulto recente no Rio de Janeiro. Parabéns ao Jornal Nacional, que fez uma investigação brilhante para refutar o jornalismo sensacionalista do SBT.  Esclarecido o episódio, quando se esperava uma retratação do presidente e de sua candidata, continuam insistindo na mentira e nas ofensas, querendo que o país acredite que foi apenas uma bolinha de papel que atingiu a cabeça do candidato da oposição. 



Também deixa muito a desejar o comportamento do presidente em face dos últimos acontecimentos - quebra de sigilo, o caso Erenice,  etc. Ele se esquece de que  não é presidente apenas do PT, é presidente de todos os milhões de brasileiros que querem ter um país de justiça em que se obedecem às leis, em que se investigam escândalos, em que culpados são punidos. Expressar-se da maneira grosseira e ofensiva como fez no caso do tumulto no Rio de Janeiro é vergonhoso. E nem vou me referir às suas inúmeras e descaradas mentiras. 

Ele deve desculpas a todo o povo brasileiro, por negligenciar as responsabilidades do seu cargo, e desprezar o comportamento que tal cargo exige; por inundar nossos lares com mentiras descaradas em horário nobre; pela maneira vulgar com que se manifestou com respeito ao tumulto no Rio de Janeiro e pela maneira como julgou o candidato da oposição; e pela vergonha que passamos perante o mundo inteiro  com um presidente que chama outros chefes de estado de "meu querido" e que se confraterniza com ditadores. 

Nossas eleições são as mais modernas do mundo, com as urnas eletrônicas que permitem a apuração em tempo recorde. Mas a nossa campanha está mais para a Idade da Pedra.  
 

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