Comentário

Todos nós dizemos a mesma coisa, quando conversamos (ou, na maioria das situações, reclamamos) sobre a nossa cidade ou o nosso país. Não tem mais jeito, é assim mesmo, nunca vai mudar... Em outros países, o povo se mobiliza, vai às ruas, protesta, exige os seus direitos. Aqui, nós nos limitamos a reclamar em pequenos círculos de amigos, à hora do almoço, na fila do banco, diante da TV. Por isso, nasce este blog, sem nenhuma pretensão, exceto a de ser um espaço para reflexão. Porque o Brasil não é assim mesmo. Porque pode deixar de ser assim. Difícil? Sim. Mas quem sabe você que me lê e eu não conseguimos começar a mudança?

domingo, 29 de agosto de 2010

Escola pública

Nesta campanha eleitoral, entre as propostas para a educação, além do período integral, a  grande promessa é acabar com a aprovação automática. Está tudo muito bem, para as crianças que começam a estudar agora. Para os pobres alunos que foram cobaias desta malfadada experiência, não há mais tempo, não há mais conserto. Já estão acostumados a não precisar estudar, e terão dificuldades em níveis mais altos do estudo, e problemas para se colocar no mercado de trabalho. 

Eu cursei o antigo primário em uma escola particular. Como naquela época (no século passado...) era renomada a excelência do ensino público, meus pais quiseram que eu fizesse o ginásio e o colegial em uma escola pública - estadual - e tive que passar por uma espécie de vestibular, e para isso precisei ter aulas de reforço de matemática, tão bom era o ensino público lá nos idos de 1967, superior ao de qualquer estabelecimento privado. Por isso é que José Serra se orgulha de ter estudado em escola pública. 

Na escola pública, os professores eram excelentes, aprendia-se, e aprendia-se muito bem.  A tal ponto, que depois de três anos de colegial voltados para o antigo "científico", consegui ser aprovada também em um vestibular da área de "exatas".

Mas tanto mexeram que conseguiram estragar tudo. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário