Comentário

Todos nós dizemos a mesma coisa, quando conversamos (ou, na maioria das situações, reclamamos) sobre a nossa cidade ou o nosso país. Não tem mais jeito, é assim mesmo, nunca vai mudar... Em outros países, o povo se mobiliza, vai às ruas, protesta, exige os seus direitos. Aqui, nós nos limitamos a reclamar em pequenos círculos de amigos, à hora do almoço, na fila do banco, diante da TV. Por isso, nasce este blog, sem nenhuma pretensão, exceto a de ser um espaço para reflexão. Porque o Brasil não é assim mesmo. Porque pode deixar de ser assim. Difícil? Sim. Mas quem sabe você que me lê e eu não conseguimos começar a mudança?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Propaganda eleitoral (I)

Novamente somos tolhidos no nosso direito de ouvir ou assistir o que quisermos... novamente os candidatos invadem o nosso carro ou o nosso lar, às 7 da manhã, justamente quando precisamos ouvir  a previsão do tempo, as notícias sobre o trânsito ou o congestionamento em São Paulo... novamente estão presentes em nossa sala, quando desejamos ver os noticiários da noite ou algum outro programa, que nos propicie o merecido descanso depois de um dia de trabalho... 


Será que é realmente democrático que sejamos obrigados a ver e ouvir, duas vezes por dia, sem contar as inserções nos intervalos comerciais de outros programas, esses senhores atacando-se mutuamente e fazendo promessas que jamais serão cumpridas? 

Embora seja realmente importante que o eleitor esteja informado sobre os seus candidatos, a sua ficha - limpa ou não - os seus feitos em prol da sociedade, por que não promover mais debates ou outro tipo de programas informativos e não obrigatórios? 

E que modelo de democracia é este, em que nem todos são iguais perante a lei, e não dispõem do mesmo tempo para falar? Há candidatos cujas propostas são interessantes, mas mal conseguem dizer o seu nome por causa do reduzido tempo que lhes foi dado. Será esse modelo democrático e imparcial?  Da maneira como a coisa é feita, os candidatos qualificados dos partidos menores não têm a menor chance.

Para conseguir mais tempo de exposição na propaganda obrigatória, são feitas alianças entre partidos que jamais deveriam se aliar... Pessoas que antes se criticavam e eram adversárias políticas agora se apertam as mãos... Será que não está na hora de mudar isso? Que cada um siga com a sua filosofia, sem fazer concessões só para obter alguns minutinhos a mais? 

2 comentários:

  1. Eu odeio ouvir um bando de gente inculta, mentirosa e genérica, que prometem mundos e fundos, sabendo, de antemão, que não farão nada...
    Já estou velha, não aguento mais ouvir tanta hipocrisia, tanta falsidade, tanta promessa em vão...
    Parabéns, Lia, comentários primorosos.
    Beijos

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  2. E os que talvez não sejam incultos, mentirosos e genéricos não têm tempo suficiente nem para dizer o nome, e muito menos para prometer mundos e fundos...
    Obrigada pela visita, Yayá!

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